segunda-feira, 23 de abril de 2012


CARLOS EDUARDO CANANI

MATÉRIA: “Projeto de reciclagem visa melhorar a infraestrutura de uma escola municipal em Lages”  




Trabalho apresentado como requisito parcial à aprovação na disciplina de Introdução ao Jornalismo, ministrada pela Prof.ª Adriana Palumbo Rodrigues, no 1º semestre do curso de Jornalismo da Universidade do Planalto Catarinense - UNIPLAC. Lages 2012 

 Projeto de reciclagem visa melhorar a infraestrutura de uma escola municipal em Lages A E.M.E.B. Suzana Albino França, localizada no bairro Jardim Panorâmico em Lages, vem desenvolvendo ao longo dos últimos meses o projeto “Reciclar para Melhorar o Ambiente Escolar”. As ações do projeto visam à utilização de caixas de leite, doadas pelos alunos e pela comunidade escolar, como moldes para a fabricação de blocos de cimento. Os blocos serão utilizados para o calçamento do pátio da referida escola. Assim, de maneira barata e consciente, o ambiente escolar poderá ser melhorado. Para produzir os blocos é necessário cortar a parte de cima das caixas de leite deixando-as abertas para que possam ser enchidas com cimento. A embalagem serve, portanto, como molde para a produção dos blocos. Após dois ou três dias secando, basta retirar a embalagem que o bloco estará pronto. A diretora da unidade escolar Rosângela Vaz de Liz Ribeiro destaca que há muito tempo busca melhorar as condições de infraestrutura, principalmente do pátio da escola, no entanto sem êxito. “O pátio está precário, apenas com terra e pedras britas. As crianças caem e se machucam e em dia de chuva a sujeira é imensa”. Ainda de acordo com a diretora, um ofício foi encaminhado à prefeitura solicitando a doação das lajotas retiradas da Rua Humberto de Campos, entretanto até hoje não houve uma resposta positiva, e as lajotas continuam abandonadas em um terreno baldio. A Secretaria de Educação também foi procurada pela direção da escola, mas declarou não ter condições de realizar a obra. Diante desta situação, dois alunos amigos da escola, acadêmicos do curso de Gestão Ambiental, viram um projeto semelhante na televisão e o sugeriram para a escola, que então abraçou a ideia. Contudo, Rosângela aponta que as dificuldades de viabilização do projeto são muitas devido a grande quantidade de blocos necessários para a pavimentação do pátio. “Serão necessárias 54 caixinhas por metro quadrado, como o pátio possui 150 metros, é preciso ter cerca de 8100 caixas para que se atinja o objetivo, o que levará muito tempo”, destaca. Até o momento, foram produzidos aproximadamente 500 blocos com a colaboração dos dois voluntários que sugeriram o projeto e a doação de sacos de cimento e areia por pais, direção e funcionários. Atualmente, a consciência ambiental é algo que precisa ser cultivado desde cedo. Desta forma, toda a escola está envolvida no projeto e na realização de atividades paralelas em sala de aula, em todas as turmas e disciplinas, contextualizando, assim, a temática da reciclagem e do meio-ambiente. Posteriormente, os alunos apresentarão as experiências vivenciadas e os trabalhos desenvolvidos em sala de aula, com outros materiais recicláveis, para toda a comunidade escolar. De acordo com a professora Joselita Peixe a importância do projeto para os alunos é enorme. “A valorização do meio-ambiente e a reciclagem geram a diminuição do lixo nas ruas, o que evita as enchentes e demais catástrofes ambientais e ajuda a evitar o aquecimento global e as mudanças climáticas, os alunos precisam estar a par dessas questões”, aponta Joselita. Já a professora Patrícia Batistella destaca que as caixas podem ter muitas utilidades, porém ninguém imaginava que esse material poderia servir como molde para a fabricação de blocos de cimento. “As embalagens de leite podem ser reaproveitadas de uma maneira muito positiva para o meio-ambiente e para a melhoria da infraestrutura escolar, além de tudo com um baixo custo e com a mobilização de toda a escola no processo de conscientização ambiental”, finaliza a professora.

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